Meus amigos, atualmente somos “bombardeados”, a cada minuto e segundo, pelos diversos veículos de comunicações a respeito da pandemia do COVID-19 (CORONAVIRUS). Cada notícia, cada fato, cada, infelizmente, falecimento nos leva a um momento de reflexão e profunda tristeza. Seja uma morte na Itália, na china, ou aqui no Brasil, o nosso “coração se desmancha em lágrimas”.
Vemos tudo o que conquistamos, sobretudo a nossa saúde, ser colocada em xeque; vemos a vida ser testada; Observamos o quão a liberdade é importante, o quanto o direito de ir vir é necessário para hidratar a mente humana; percebemos, também, quanto um abraço e um aperto de mão, por mais singelo que seja, é valioso (E quantas pessoas não faziam isso, não abraçavam? Não sabem mensurar o que perderam!).
Enfim, o coronavirus vem nos mostrar, antes de tudo, que não há graça e sentido em uma vida sem liberdade de ir e vir e sem afagos recíprocos, com proximidades e com apertos de mão (“A vida/relação virtual” é insossa e estéril, ela é uma excelente coadjuvante, mas nunca terá papel principal. O calor humano é imprescindível!)
Alguns, mais desavisados, ou que não acreditam em todo o ocorrido, ainda, continuam a levar a vida da mesma forma, entendendo, se jovem, que o problema é dos idosos; entendendo, se idoso, que é somente uma gripezinha; outros, ainda, que é uma conspiração Chinesa; outros, que não é nada e que é tudo mentira da mídia perseguidora; outro, e, aquele outro, entende que é histeria, e, por fim, alguns ortodoxos, a exemplo de Silas Malafaia e Edir Macêdo, que a fé, por si só, salvará e curará (Essa tese é matéria para um artigo sobre fé e dízimo!).
Mas sigamos!
Abstraindo esses que negam, ou que tentam negar, pelo menos por enquanto, há uma grande monta de Brasileiros que se encontram conectados minuto-a-minuto às grandes redes comunicação (Rádio, TV e redes sociais), cada caso, cada morte é uma “alfinetada em seus corações”. A cada caso surgido vem o pensamento: Ele está se aproximando!
É péssima esta sensação!
Pensamos feito uma pessoa que se encontra em rota de colisão de um grande vulcão e não tem para onde correr. Não tem onde se esconder. Correr para onde? O mundo está em pânico e nós temos dependência de convivência (Não sei se conseguiríamos viver isolados).
O que nos resta, no momento, é nos resguardarmos em nossas casas para que tardemos a nossa “contaminação pelo vírus”; para que tardemos o nosso uso do sistema de saúde brasileiro que já um caos; para que tardemos a nossa ida aos hospitais; para todas as pessoas não irem – ao mesmo tempo – para os hospitais. Assim não terão como obter atendimento e o sistema entrará em colapso.
Eu comparo com a situação de quando um fato marcante acontece em uma determinada cidade. O que acontece? Todos utilizam a telefonia celular para telefonar, explicar, perguntar etc. E o que acontece? Isso mesmo: O sistema de telefonia celular entra em pane (Ninguém utiliza o sistema). Mas por que isso acontece? Porque todo sistema, inclusive o de saúde, é gerado para comportar/atender determinado contingente de pessoas e quando eleva essa expectativa há o colapso/“pane”.
Será que o sistema de saúde do Brasil é mensura a sua capacidade?
Quando tratamos do sistema Brasileiro de saúde, ainda temos complicações maiores: Aqui existe o princípio da universalidade de atendimento do SUS e por esta universalidade, que, por sinal, é muito boa, “incha” o sistema – que mesmo em tempos normais – não se consegue vagas nos hospitais públicos.
No que concerne o sistema conveniado/privado segue o mesmo: Mesmo com a estrutura diferenciada que a iniciativa privada propicia, não há como, em caso de se acessar no mesmo intervalo de tempo, conseguir atender a todos. Penso que, nesses casos, o sistema conveniado entrará em colapso primeiro.
E o medo é esse: Sem vagas na normalidade, como é que este sistema suportará a maioria dos brasileiros te acessando ao mesmo tempo? Eis aqui a ideia de tentar tardar – ao máximo – a evolução do Coronavirus para que tenhamos tempo para atender a maior quantidade de pessoas que necessitará de atendimento (respirador, leitos etc.).
Então, meus amigos, tenhamos Juízo e sigamos as orientações do serviço de saúde que nos pede – constantemente – para que fiquemos em casa; para que não saiamos a esmo e não roubemos uma vaga de quem necessita muito (Os que têm comorbidades preexistentes ou idosos), ou mesmo, para que infectemos sem saber outras pessoas e levemos, mesmo sem querer, o óbito ao irmão (Seremos “assassinos” – talvez – de quem mais amamos).
Triste senda a dos idosos que trabalharam uma vida; que faziam academia; cuidavam-se para prolongar a vida o máximo que se pudesse, e, agora, em um tilintar de segundo recebe a notícia que vem aí um inimigo invisível e perverso que poderá leva-los. É triste!
Mais triste, ainda, é quando o nosso Presidente da República propala: – Mas morrem porque já têm doenças, não é somente pelo o “coronavirus”. E é Presidente? É mesmo? Cada minuto diminuído, cada segundo subtraído da vida de uma pessoa é um sorriso, um braço, um eu te amo que fará muita falta. Cada coração parado é um mundo parado. Pensemos bem!
Já os com comorbidades (doentes que a sua doença predispõe a contrair este famigerado vírus), de igual modo, é triste, porque estas pessoas vêm vencendo as dificuldades com disciplina, e, tal qual com os idosos, vem um inimigo invisível e os ameaça de forma feroz.
E nós jovens, ao que parece, não sairemos totalmente ilesos. Há várias notícias de pessoas jovens e saudáveis que vieram a óbito!
Vamos buscar seguir as determinações de quarentena. Vamos garantir a vida, tentando seguir em frente com os nossos afazeres, na medida possível e com o cuidado a saúde, e, a economia, quando a batalha da vida estiver garantida, nós alinharemos (Disso não tenho qualquer dúvida).
Sairemos mais fortes desta dura batalha!
Itabaiana/SE, 19 de Março de 2020